Tuesday, December 24, 2013

Felicidade Branca

Era dezembro. Ela amava essa época do ano. O solstício de inverno veio trazendo aquela neve branquinha que tanto sonhara durante o ano todo. O Natal estava logo ali, mas ela já estava no espírito. "Esse clima pacífico e convidativo não pode ficar melhor", pensou.

Então, no dia seguinte, algo aconteceu: uma tempestade caiu e um blecaute atingiu metade da cidade. "Oh, não! Isso não pode estar acontecendo!", falou para ela mesma num tom de desespero, quase como se estivesse xingando. Foram necessárias vinte e quatro intermináveis horas para que a energia fosse restabelecida. Ela então abriu um sorriso de orelha a orelha. O Natal estava salvo.

Olhou pela janela. A neve caía suavemente. Floco a floco e o asfalto estava coberto de branco. Floco a floco e seus olhos brilhavam intensamente. Ela estava feliz de novo!






Monday, December 23, 2013

Happines in White

It was December. She used to love this time of the year. The Winter Solstice came bringing along the bright white snow she dreamed of the whole year long. Christmas was just around the corner, but she already was in the spirit. "This peaceful and welcoming environment can't get any better", she thought.

Then the next day, something happened. An ice storm broke in and a blackout hit half of the city. "Oh, No! This can't be happening!", she said to herself in a tone out of desperation, almost as if cursing. It took twenty-four interminable hours for the power to come back. She grinned. Christmas was safe after all.

She looked through the window. Snow was falling gently to the ground. Flake by flake and the pavement was all covered in white. Flake by flake and her eyes glowed bright. She was happy again!

Wednesday, December 18, 2013

Tim H.

The first time I was introduced to you,
I did not know such a strong bond would ensue.
When I entered your doors open,
I had a hot chocolate so I would not be frozen.

I thought it would be just that,
But a few days later, I longed for some caffeine instead.
From then on, every time I was en passant,
I ordered a café mocha and a cheese croissant.

Looking for something different, the donuts caught my attention.
Chocolate Dip... Boston Cream, not to mention!
When I was starving and needed to have lunch,
I devoured a panini with a crunch.

As time went by, it dawned on me I was in trouble.
I got addicted to your double-double.
Now here I am again, trying to choose from your goods array...
My, oh, my! There goes my last toonie, eh!


Saturday, November 2, 2013

Perdida em Toronto

     Toronto é uma cidade bem estruturada e organizada. Suas ruas principais correm sentido norte e sul, leste e oeste. Seu sistema de transporte público é simples e fácil. Ainda assim, eu consegui o feito de me perder.
    
     Era um dia normal, minhas aulas haviam acabado de terminar quando três colegas me convidaram para ir ao cinema. Eu estava meio cansada, mas pensei que seria uma boa maneira de relaxar um pouco. Nós fomos, e eu me diverti bastante. Quando o filme acabou, fomos à estação de metrô. Meus colegas tinham que pegar o metrô sentido norte, mas para mim, tanto fazia pegar o que ia sentido norte quanto o que ia sentido sul. No entanto, estava mais acostumada com a segunda opção. Como estávamos batendo papo na volta para casa, não percebi que ia para o norte. Desci quando ouvi um nome de estação um tanto quanto familiar.
    
      Na estação, eu deveria pegar um ônibus para ir para casa. Não estava muito certa de qual eu deveria pegar, então tentei lembrar do que minha homestay mother havia me dito no dia em que cheguei em Toronto:

    - Você pode pegar os ônibus de número 32, 32A ou 32C para ir para a estação Eglinton West, mas apenas o de número 32 se quiser ir para a estação Eglinton – disse ela. E, por um minuto, esqueci onde estava. Um ônibus de número 32A tinha acabado de chegar e tudo o que eu queria era ir para casa, jantar e descansar. Entrei no ônibus.
    
     Eu sabia que não demoraria muito para chegar em casa, talvez uns quatro ou cinco pontos. No entanto, já era noite, estava escuro lá fora e não conseguia ver nada da janela do ônibus. Fiquei distraída com meus pensamentos e, de repente, percebi que estava demorando mais do que devia para chegar ao meu destino. Pensei que pudesse estar errada, talvez minha casa ficasse mais longe do que apenas quatro ou cinco paradas. Quantas paradas o ônibus já havia feito? O pânico tomou conta de mim quando percebi que havia pegado o ônibus errado. Na mesma hora, mandei uma mensagem de texto para a minha homestay mother, mas não obtive resposta! Além de mim, havia apenas dois passageiros. O ônibus parou. Levantei e perguntei ao motorista:
     
     - Este é o ponto final? - Ele assentiu e eu continuei – Acho que me perdi em algum momento. Eu tinha que descer em Old Forest Hill...
        
    - Moça, você está bem longe de casa. Aqui é Renforth, Mississauga. Um outro município – disse ele.
     
    MISSISSAUGA? Realmente, eu estava longe! O motorista me disse para não me preocupar pois ele voltaria para Toronto em dez minutos, mas levaria cerca de uma hora para eu chegar em casa. Agradeci e esperei o ônibus sair.

     Finalmente, quando cheguei em casa, minha homestay mother e o namorado dela estavam me esperando, tentando segurar o riso. Eles não conseguiram se conter e começaram a caçoar de mim:
     
     - Você devia ter perguntado ao motorista se aquele era o ônibus que ia para o Brasil – disse o namorado, gargalhando.
     
     No final, todos nós rimos e eu prometi a mim mesma que iria sempre perguntar de antemão ao motorista quanto ao destino do ônibus, haja o que houver.

Lost in Toronto

     Toronto is a very well structured and organized city. Its main streets run north and south, east and west. Its public transportation system is simple and easy. Yet, I accomplished the feat of getting lost.
      It was an ordinary day. My classes had just finished when three of my peers invited me to go to the movies. I was a little tired, but I thought it would be a good way to unwind. So we went and I had a really good time. When the movie ended, we all headed to the subway station. All my classmates were supposed to take the northbound train, but for me, either north or southbound would work. However, I was more used to the latter. Since I was having a nice conversation with my friends on the way back, I didn’t realize I was going north. I got off when I heard a familiar station’s name.
      At the station, I was supposed to take a bus to go home. I wasn’t sure about which one I should take, so I tried to recall what my homestay mother had told me the day I arrived in Toronto; “You can take bus number 32, 32A or 32C to go to Eglinton West Station, but take only bus number 32 if you want to go to Eglinton Station”, she said. For a minute I just forgot where I was. Bus number 32A had just arrived and all I wanted was to go home, have dinner, and get some rest. Hence, I got on the bus.
      I knew it wouldn’t take long to get home, maybe four or five stops. Nevertheless, the night had fallen and it was dark outside. I couldn’t see a thing from the bus window. I got distracted by my thoughts and all of a sudden, I noticed it was taking longer than it should to arrive at my destination. I wondered if I was wrong. Perhaps my house was farther than four or five stops. How many stops had the bus made by then? Panic descended as it dawned on me that I had taken the wrong bus. Immediately, I messaged my homestay mother but there was no reply! There were only two passengers on the bus apart from me. The bus stopped. I got up and asked the driver, “Is it the final stop?” He nodded. I continued, “I might have gotten lost at some point. I was supposed to get off at Old Forest Hill Road…” As he told me, “Lady, you are far from home. This is Renforth, Mississauga.” MISSISSAUGA? Yes, I was far indeed! The driver then told me not to worry because he would be leaving back to Toronto in ten minutes, but it would take me another hour to get home. I thanked him and waited for the bus to leave.            
      When I finally arrived, my homestay mother and her boyfriend were waiting for me, trying not to laugh. However, they couldn’t help themselves and started making fun of me, “You should have asked the driver if that was the bus to Brazil”, said the boyfriend. In the end, we all cracked up and I promised myself I would always ask the driver beforehand about the bus destination, no matter what.

Friday, June 7, 2013

Untitled

Wow, it's been a while since I last wrote on this blog! I've been trying to write lately, but I haven't been able to manage my time. In order to make me feel less guilty for having abandoned one of my favourite hobbies, I decided to post a poem I wrote for my English class last month.We were talking about power. Hope you enjoy it!

                                                        Untitled

                                         With words you control me
                                         As if I were your puppet doll.
                                         With money you buy me
                                         The most expensive painting on the wall.

                                         Your car is the fastest.
                                         Your golden watch
                                         Shows the exact hour.

                                         You have got the style,
                                         The charm,
                                         The power!

Sunday, February 3, 2013

Heartthrob: o melhor de outrora em tempos modernos


Bom, vamos à minha crítica de Heartthrob:

Eu sei que sou suspeita para falar, pois em se tratando de Tegan and Sara, tudo fica ótimo, mas vou tentar me ater aos fatos e analisar friamente.

O cd abre com a dançante música “Closer”, uma ode ao amor platônico em que toda a magia do sonho e do desejo ultrapassa qualquer efeito do toque. A música em termos sônicos é alegre, vibrante, bem pop à la Katy Perry, no entanto não é nada superficial. Tegan acerta na letra e o refrão dá o tom de festa adolescente.

“Goodbye, Goodbye” tem um refrão trava língua e pegajoso que cola em nossas cabeças feito chiclete no cabelo. E isso não é necessariamente uma coisa ruim. A melodia é boa e a letra também. A voz da Sara dispensa comentários.

“I Was A Fool” é uma viagem ao melhor dos anos 80. Logo na introdução, com um ótimo solo de piano, a canção flerta com qualquer uma da banda Roxette. O apoio vocal de Sara é a cereja do bolo.

Seguindo, temos “I’m Not Your Hero”. O que quero destacar nessa música é o trecho “Feeling like I am now / Lighting up the hall / I was used to standing in the shadow of a damaged heart.” Poesia pura! Preciso continuar? Ah, sim, e melodia perfeita!

Enfim, temos “Drove Me Wild”. De todas as músicas do cd, foi a que menos gostei. No entanto, isso também não significa algo ruim. A melodia é boa, mas comparadas às outras... O que quero dizer é que poderia ser mais bem elaborada. Contudo, a letra é ótima. Essa é uma daquelas canções que vou começar a gostar conforme for ouvindo mais e mais vezes.

“How Come You Don’t Want Me” me faz lembrar os anos 90 quando costumava ficar horas e horas ouvindo minhas boybands e girlbands favoritas. A melodia é nostálgica, mas bem upbeat! A letra é bem crua e bem expositiva em relação aos sentimentos de quem a escreveu.

Seguindo a linha dos anos 80/90, temos “I Couldn’t Be Your Friend”. Os versos me lembram a música “Starman” de David Bowie, não sei dizer exatamente por quê. Já o refrão é bem anos 90, alegre e dançante, mas que, ao mesmo tempo, dá vontade de chorar.

Eis que surge “Love They Say”. Talvez minha música favorita do cd! Não dá para descrever o que sinto ao ouvi-la. É uma sensação como se eu estivesse apaixonada, dá vontade de rir, de chorar, de abraçar... O mais incrível é que você nem precisa estar apaixonado para sentir isso. O conjunto de vozes na música é Tegan and Sara em sua essência, nos velhos tempos de banquinho e violão que as lançou ao mercado. A letra é linda! A melodia é ótima! É uma canção de amor sem ser piegas. Eu diria que essa música é la crème de la crème, é hors concours!

No caminho contrário, vem “Now I’m All Messed Up”. As palavras que saem da boca de Sara atingem fundo! Você é capaz de sentir o desespero e a impotência com o “Go! Go! Go If you want, I can’t stop you! (…) Go! (Please, stay!) …” Tudo isso deixa a música forte e maravilhosa!

Por fim, temos “Shock To Your System”. Uma melodia dark, uma letra dark, uma voz dark. Resumindo: uma típica música de Sara! Ó-T-I-M-A-!

Bonus Tracks: “Guilty As Charged” é uma música potente e intensa tanto em termos de melodia quanto em termos de letra. Assim como a música anterior, é bem dark.

De todo o cd, “I Run Empty” é a música em que os violões ganham maior destaque. A harmonia de vozes é incrível, a melodia é linda e a letra é uma confissão poética. Uma das minhas favoritas.

Em resumo, “Heartthrob” é um álbum único que tem tudo para ser um sucesso. 2013 será o ano em que o mundo (finalmente!) conhecerá Tegan and Sara!!!

Ouça o cd aqui:
http://www.rollingstone.com/music/news/tegan-and-sara-continue-pop-evolution-on-heartthrob-album-premiere-20130124